sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Retrospectiva Dubai - Parte 5 (City Tour)

Um passeio pelo Creek, pelos Souks dos Tecidos, do Ouro e das Especiarias, pelo Bairro Al Bastakia, Dubai Museum e mais


O dia marcado para o nosso city tour começou com muita correria! Havíamos, na noite anterior, feito o passeio Desert Safari, com jantar incluído, então chegamos no hotel mais tarde e, somando com o fuso horário, que estava desregulando completamente nossas cabeças, acordamos às 15:15, com o motorista do tour interfonando loucamente em nosso quarto para avisar que estava indo embora.
Corre a escovar os dentes, vestir qualquer coisa e loucamente descer para não perder o tour, agendado desde o Brasil.
O motorista busca passageiros em alguns hotéis e os leva a um ponto de encontro onde os guias nos esperam, separando os passageiros em pequenos grupos, de acordo com a língua falada.
Foi aí então que conhecemos a Vivian Survila, nossa guia brasileira, importada diretamente do Rio Grande do Sul.
A Vivian foi um achado! Uma graça de moça, simpática,  bem humorada, desestressada, solícita em tudo e muito, muito paciente. (Já a recomendei em outros posts, mas quem quiser o auxílo da Vivian em visitas a Dubai, pode encontrá-la pelo nome, no Facebook. Ela trabalha para uma agência e também freelancer.)

O city tour começa com uma parada para fotografar o Hotel Burj Al Arab, considerado o único 7 estrelas do mundo, e que já comentei na Parte 4 dos Posts Retrospectiva Dubai.


- Hotel Burj Al Arab -


Em seguida, uma visita ao Majlis Al  Ghorfat, antiga moradia de verão do falecido Sheikh Rashid bin Saeed Al-Maktoum, o idealizador da moderna Dubai, construída em1955.


- o "sombrero" nada mais é que o artefato usado para tapar os pratos do jantar -




Outra parada para visita é na Mesquita de Jumeirah, de bela arquitetura islâmica e uma das poucas que permitem o acesso de visitantes em seu interior. Ainda assim, como chegamos no horário de uma das preces, não pudemos visitá-la, uma vez que em respeito aos fiéis turistas são vetados nesses momentos.




- Não é permitido às mulheres orar juntamente com os homens, portanto, elas tem um salão à parte dentro da Mesquita para fazer suas preces -



Entre um e outro ponto de visitação, o tour por Dubai oferece flashes de uma cidade contemporânea e em pleno crescimento, com modernos arranha-céus de todas as formas, avenidas largas por onde circulam todos os carros de luxo que se possa imaginar. As distâncias são longas e quase não se vêem pedestres, a não ser na região mais antiga da cidade, da qual tratarei mais adiante.

- mais um dos delírios arquitetônicos de Dubai -

Uma das paradas para observação é na entrada do Palácio de Governo do Sheik, onde são terminantemente proibidas fotografias. Nos jardins que levam à entrada do palácio, residem soltos vários pavões, sabe-se lá porquê.
Bom, não se pode fotografar o palácio, mas ninguém disse nada a respeito dos pavões, hehehe...



Ao chegar no bairro Al Bastakia, vislumbramos o calçadão que segue ao longo do Creek, formando uma orla charmosa e interessante.
Al Bastakia é um bairro tradicional, com construções tipicamente árabes, onde se pode vivenciar um pouco da história da Dubai antiga. Várias residências foram transformadas em lojinhas, restaurantes, galerias de arte, etc.
O bairro permite entender melhor como funcionam as famosas "torres de vento", uma espécie de ar condicionado antigo, e é uma delícia deixar-se perder por suas ruelas.

- visual do passeio à beira do Creek -








 - Nosso breakfast! Salvação! Lembram que acordamos às pressas direto pro City Tour? -


- Kátia morrendo de fome, hahaha -

A visita ao Dubai Museum também é incluída no passeio. Alcançamos este ponto já ao entardecer, o que, infelizmente, nos deixou com pouco tempo disponível nos souks, dos quais falarei abaixo. O Dubai Museum é pequeno, portanto, mesmo para aqueles que nao curtem museus (existe gente assim?) vale a visita. 
No museu tem-se uma clara noção de como era a vida naquele emirado desde muito antes da descoberta do petróleo nos anos 1950 - um vilarejo simples onde viviam beduínos pescadores de pérolas. 
Uma coisa maravilhosa é a lojinha de presentes dentro do Dubai Museum - uma perdição! Ali você encontra lembranças típicas, artesanato local, lindos jogos de chá árabes, lâmpadas "de Aladim", capas para almofadas, toalhas de mesa, e muito mais, por preços excelentes. O resultado foram várias sacolas pesadas que a Vivian acabou me ajudando a carregar, porque dali o passeio segue a pé pelos souks.

- muralha do forte de mais de 200 anos que abriga o Dubai Museum -



- Torre de Vento vista por dentro, sistema que captava o vento para a parte interna das habitações -






Já tendo anoitecido passamos correndo pelo souk dos tecidos, e tomamos o barco típico (abras) que nos leva à outra margem do Creek, para os souks das especiarias e do ouro.

- Vivian Survila me ajudando com as compras -

- atravessando o Creek no barquinho chamado Abras -

Durante a travessia do Creek, que é um braço do mar que divide Dubai ao meio, num barco-táxi chamado "abras" e utilizado pelos locais nas diversas travessias necessárias ao dia,  assistimos a um lindo pôr-do-sol e o bom humor continuava alto.
A primeira parada foi no Souk das Especiarias. Que delícia!
Um souk nada mais é que um mercado aberto, de rua, cheio de lojinhas, uma atrás da outra. Nesse souk os aromas e cores são incríveis, e a todo momento você é convidado a provar uma ou outra coisa, como os maravilhosos bombons de tâmaras, que acabamos comprando aos montes.
Difícil também resistir aos cheiros dos chás e aos perfumes de ambiente. Fiz a festa, pra variar!


- Souk das Especiarias-





A perdição maior, entretanto, estava um pouco mais à frente, no conhecidíssimo Souk do Ouro!
O que acontece é que em Dubai é vendido ouro muito mais barato que em qualquer outra parte do mundo. Some-se a isso o fato de que eles praticamente não cobram pelo design das peças - o que conta mesmo no preço é o peso do ouro.
Daí seguem-se lojinhas e lojinhas vendendo gargantilhas, colares, brincos, anéis, braceletes e pulseiras, e procurando com paciência você encontra não apenas aquelas maravilhas de design oriental, mas também peças de design moderno e contemporâneo, bem como os clássicos.
A minha experiência pessoal, ao escolher alguns braceletes, brinco, pingente, gargantilha e colar, foi simplesmente de o proprietário colocar tudo junto numa balancinha, me mostrar o peso, multiplicar pelo preço do ouro no dia (muuuuuuuito mais barato que no Brasil), dar um bom desconto por serem várias peças e pronto. Negócio fechado.
Mas aos desavisados, muito cuidado! Isso pode acabar com o limite do cartão de qualquer um. 
Aliás, não fiz as compras no dia do city tour, exatamente para poder escolher com calma, pechinchar e pensar muito antes de fazer tal gasto. 





Resumindo, o city tour foi um passeio imperdível, pelo menos com a Vivian! Dá pra ver muita coisa no mesmo dia, e depois voltar nos lugares que mais gostou, com calma. Super recomendo.



Um comentário:

  1. Amei esse post! Está detalhado mas sem ficar loooongo... tá do jeito que eu gosto! :-) Parabéns pelo blog, está muito bom!!! Beijinhos!

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